terça-feira, 13 de novembro de 2012

Indústria da morte, ou o mundo apenas equalizando a vida

A gente não nasce, apenas começa a morrer. Não somos mais paridos, somos expulsos, retirados do ventre. Não vivemos, pagamos para não morrer. Quer coisa mais mórbida e deprimente do que ter plano de saúde? Mas pelo menos tudo está mais prático. Inventaram o aspirador de pó, inventaram a máquina de lavar; inventaram o óleo de cozinha, inventaram a McDonald's; criaram meios de transporte à gasolina, gás e álcool. Com isso, vieram a obesidade mórbida e sua companheira de todas as horas: a emissão dos gases poluentes. Cara, inventaram a geladeira! A comida não se estraga mais! E para complementar, fizeram comida congelada, conservantes e agrotóxicos. As plantações não se perdem tanto. As ciências e a medicina evoluíram. Vivemos mais. Resultado: mais velhinhas nas ruas, mais aposentados e mais velhinhos tarados sem ereção. Mas descobriram o viagra! O que é um problema, porque os velhinhos agora conseguem ser tarados. Descobrimos a liberdade sexual. A AIDS. A camisinha. O que foi bom para o mundo, porque são menos os filhos. Menos gente para consumir. Mas os consumidores ficaram mais consumistas. Queremos iates, redes aeroviárias que ligam o mundo inteiro, energia elétrica para ligarmos nossas parafernálias tecnológicas. Queremos petróleo. Queremos guerra para roubar petróleo. Queremos armas para vencer a guerra. Criaram a bomba atômica! Radiação... câncer... Agora os motivos de morte são muitos! Não inventaram a morte, mas agora dão explicação para ela. Mas vivemos mais. E viveríamos mais ainda se o mundo não tomasse suas providências. Pois a cada evolução, pagamos um preço.


É como se o mundo percebesse que daqui a pouco vai ficar apertado. O mundo quer que a gente morra, e, além de querer que a gente morra, ele nos mata mesmo. As coisas que estão acontecendo fazem parte dos mecanismos de defesa do mundo. Já aconteceu e vai acontecer de novo, quantas vezes forem necessárias. Os Maias estavam certos, William Miller, Joseph Smith e Nostradamus também estavam. O mundo vai se rebelar. Não, o mundo não vai acabar. O mundo vai resetar. É extremamente necessário. Não é nada pessoal. Temos que morrer para o mundo continuar a existir. E se o mundo continua, a gente volta a viver. No drama. Don't panic. E o mundo é mais importante que a gente, com certeza. Temos sorte que o nosso mundo nos aceita, convive com a gente. Talvez não exista vida em Marte porque ele simplesmente é exigente de mais. Bem, isso já é outra teoria minha totalmente não-científica...

Enfim, no dia 21 de dezembro não vai acontecer o apocalipse, não vai haver dilúvio, não vamos morrer de uma vez. O mundo é gentil. Vai fazer o que precisa ser feito aos poucos. Se nos prevenirmos, esse processo vai ser mais lento ainda. Talvez nem percebamos. Apenas daqui uns anos os 7 bilhões se transformarão em 1 bilhão sem nos darmos conta. O mundo é tolerante, mas paciência tem limite. Se liga, para não ser o próximo a morrer.

Bom dia 21 de dezembro para vocês. Estou pensando em comemorar esta data.