sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Loucura... loucura... loucura...

Lendo uma das matérias da revista Mundo Estranho de maio, sobre psicopatia e sociopatia - o que, segundo a revista, é a mesma coisa -, eles descreveram os oito transtornos de personalidade descritos pela medicina, eu cheguei a uma conclusão: eu também sou um pouco desvairado. Eis os tipos apresentados na revista.

Antissocial: Alguém com uma personalidade dissocial ou antissocial tem tendência à agressividade e repúdio às normas sociais. Em geral, a pessoa não muda seu modo de agir facilmente, mesmo após ser punido. Além disso, não tolera frustação e costuma botar a culpa nos outros pelas coisas que faz.

Paranoide: Sabe aquela pessoa que não suporta ser contrariada, não perdoa insultos, desconfia de tudo e tende a distorcer os fatos, interpretando as ações dos outros, mesmo que sejam boas ou inocentes, como hostis ou de desprezo? Esse é o típico paranoide. Em geral, também suspeita da fidelidade de seus companheiros. Mas não confunda com paranoia, que é uma doença grave e não um tipo de distúrbiode personalidade.

Ansioso: Imagine uma pessoa bem tensa e insegura, que parece estar sempre com medo de tudo. Essa é a personalidade do ansioso, pautada por um sentimento de apreensão, insegurança e inferioridade. A pessoa é supersensível a críticas e faz tudo para ser aceita. Tem dificuldade em se relacionar intimamente e evita atividades fora de sua rotina.

Dependente: O tipo dependente tende a deixar que outras pessoas tomem qualquer decisão por ele. A pessoa tem medo de ser abandonada e se vê como alguém fraco e incompetente. Além disso, é submisso à vontade alheia e tem dificuldade em lidar com mudanças ou novos desafios.

Esquizoide: Alguém com esse transtorno costuma ficar mais afastado dos outros, tendo poucos contatos sociais ou afetivos. Ele prefere atividades solitárias e a introspecção. Mas, assim como no caso da paranoia e da personalidade paranoide, o tipo esquizoide não tem nada a ver com a esquizofrenia.

Histriônico: Também chamado de histérico ou psicoinfantil, este tipo quer ser sempre o centro das atenções. Tende a ser extremamente dramático, exibicionista e exigente. Para piorar, é inconstante sentimentalmente, instável, manipulador, egoísta e bastante superficial.

Borderline: Agir de modo imprevisível, ter acessos de ira e ser incapaz de controlar o seu comportamento impulsivo são as características da galera com esse transtorno. O borderline também pode apresentar pertubações da autoimagem e tendência a adotar um comportamento autodestrutivo.

Obsessivo-compulsivo: Você provavelmente conhece alguém assim, que quer sempre tudo certinho, sendo perfeccionista ao extremo. Esse é o típico obsessivo-compulsivo. Em geral, é obstinado em fazer as coisas como acha que devem ser feitas, sem nenhuma flexibilidade. Essas características podem vir acompanhadas de impulsos repetitivos, mas não atinge a gravidade de um transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).


Mas, vem cá, aqui pra nós, essas não são características que, em menor ou maior grau, permeiam a personalidade de todos nós? Ou nossas personalidades estão todas em distúrbio ou há um certo exagero em tais definições. Bem, claro que alguém que é movido somente por uma dessas categorias é, no mínimo, muito problemático, mas parece-me que a maior parte delas é inofensiva. Essa coisa de sanidade mental, loucura, falha de personalidade, ou como você queira chamar, é algo que tem que ser tratado com calma. Senão, acaba virando uma loucura. Já pensou numa sociedade inteira como no O Alienista, onde os loucos se apontam e ninguém sabe quem é o louco?

Muita gente é chamada de louca, mas cabe a quem decidir? No livro de Machado todos acreditam que o Dr. Simão Bacamarte, o maior dos médicos do Brasil, de Portugal e das Espanhas é o dono da verdade. Eu acho que eles devem saber o que estão fazendo ao dizerem que alguém é louco, mas mesmo assim, será que os métodos são mesmo seguros? Não sei. Eu acho até que ninguém sabe de verdade o que é a loucura, e poderia afirmar que ela tem sua lógica, e poderia fazer pior, e insanamente fazer uma teoria da conspiração e dizer que os loucos é que são saudáveis.

Como em todo terreno explorado meio às cegas, é difícil saber para onde ir nesse também. Não tenho nenhuma ideia, mas... Quem pode ser O Alienista num mundo tão louco? Não sei até que ponto deixar os loucos à solta seria nocivo? As pessoas dizem e fazem muita porcaria por aí, mas não é loucura. Eu nunca falei com alguém reconhecido e diagnosticado com algum tipo de loucura, mas eu acho que renderia um papo legal... Antes que pensem que sou louco, peço desculpas, porque todos nós somos, pelo menos um pouquinho...


Então, se te acham louco por algum motivo, pegue essa loucura e trasforme-a em algo bom, mesmo que seja algo ainda mais louco. Para os loucos mais profundos (os que tem alguma "doença" mental), que não entenderam o que eu falei, sinto muito. Sinto muito por eu não saber me expressar à altura. Querem saber qual é minha loucura? Minha loucura é tentar entender todos os modos de vidas que circulam pela terra, desde as formiguinhas trabalhadoras até o grandessíssimo Barack Obama, e fazer com que todos eles se entendam e cresçam conforme consigam.


Let's Go, Crazies!!!