quarta-feira, 28 de julho de 2010

Palmadinha do "amor".

Todo mundo deve estar sabendo que estão querendo aprovar um lei que irá proibir os pais de aplicarem qualquer castigo físicos aos seus filhos. Alguns vão dizer que criança não se educa sem umas boas palmadas. Outros vão alegar que bater nos filhos é prejudicial e que pode criar um adulto traumatizado e blá-blá-blá-blá-blá... Independentemente de qualquer coisa, eu só digo: esta lei não vai funcionar. Eu sou contra a tal da "palmadinha para educar", não porque isso pode prejudicar a criança e nem por isso ser uma baita sacanagem com um ser muito mais fraco que você. Esses são bons motivos, mas não discordo por esses motivos. Simplesmente porque acho que existem métodos melhores disponíveis no mercado... [mais sobre isso lá em baixo] 

Apesar de eu preferir correções que não causem dor, eu sei que tentar abolir tapas e palmadas não vai funcionar por aqui. O brasileiro não está preparado para mudar esses hábitos. Mas é só aqui? Não sei, nunca morei em outro país e, afinal, estamos falando de aplicar a lei aqui e não em outro lugar... Deixar de bater nos filhos requer uma educação de gerações anteriores, porque bater nos filhos virou tradição e não ato de correção. Eu bato no meu filho porque eu o amo e quero que ele aprenda. Imagina se odiasse! Para mim não interessa se você ama ou não seu filho, só me interessa se você mete o cacete nele ou não. Não é o quanto você bate no seu filho que prova o quanto você o ama. Até porque, se fosse assim, os filhos iam preferir ser odiados. Certo, tem pivete que apronta muito e deixa qualquer um louco; mas você tem que ser mais do ele, e bater nele não vai mostrar que você é mais do que ele, e sim mostrar que você é um idiota que não sabe controlá-lo e vai partir para apelação e bater nele. E você vai achar que pode muito, quando na verdade você é tão inútil que não conseguiu impor sua autoridade. Mas é só um tapinha, você me diz. Ninguém dá só um tapinha. Bater é bom, seja você Hitler ou Madre Teresa; então nem comece, porque você pode errar o cálculo de quando deve parar.

Bater não é o melhor método, bater é apenas o método mais rápido. Conversar e impor alguns castigos e convencer seu filho é muito melhor, mas como você não tem tempo nem inteligência, vai continuar a bater. E o que falta no mundo, em todos os aspectos, é paciência e sabedoria. A palmadinha do "amor" é o que destrói a boa relação entre a família. E se você quer moldar alguém a sua imagem e semelhança, você tem algumas opções: ou seja Deus, ou seja um cientista para alterar geneticamente um ser para só dizer "sim", ou compre um robô, ou - o que fica bem mais em conta - não faça filhos. Ninguém é perfeito, mãe, pai, filho, filha... ninguém é perfeito! Então uma hora seu rebento vai discordar de você simplesmente porque uma hora você vai errar. Mas é ele o errado? Convença-o, mostre que ele está errado. Ele não tem jeito? Se ele não tem jeito, ou você também não deve ter, ou ele é um capeta. Nesse caso, abre-se uma exceção... Mas eu acho que não nascem tantos capetas assim na terra. De toda forma, isso é trabalho pro Constantine, não pra você.

Eu não concordo com a lei e nem concordo em bater. Eu concordo que você não bata, com ou sem lei.