terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O natal nunca cansa.

lSempre escuto as pessoas dizerem que o natal é um saco, que o natal é uma falsa união, que o papai Noel é um porco capitalista, que o natal é uma data ridícula, feita para pessoas ridículas comemorarem motivos ridículos, e fazerem reflexões ainda mais ridículas sobre um mundo que é ridículo. Tudo bem, por vezes, por várias vezes, pedimos para que só nesse ano, por favor, ele não chegue, e não traga toda a pieguice a ele atrelado. Isso é bem aceitável. Mas o fato é que esse clima é sempre muito aconchegante, independentemente de tudo. É como se tudo se transformasse e deixasse a vida mais solta e mais nostálgica, mesmo que não tenhamos nada do que sentir falta. Talvez isso tenha alguma relação com o que a data realmente representa, e parecemos esquecer. Talvez algo divino deixe as coisas assim, felizes, leves, piegas... Aí alguns dirão: "Mas nem tudo é perfeito nessa época, meu querido. Tem gente que até morre neste dia". Tudo bem. Mas Deus age sob formas misteriosas, e não é da minha competência fazer análises do que a morte deve significar. Mas para nós, que estamos meio vivos, o natal torna tudo mais macio, é inegável. O natal nunca vai cansar. E não pensem que sou beneficiado pela data, ela pode até ser cruel comigo. Mas sei reconhecer que quando o natal chega, mesmo que seja irreal, traz muita felicidade, até para os infelizes inveterados.
Sem falar nos filmes. Mesmo o mais tosco filme, não dá para criticar. Acho que no final das contas o natal serve exclusivamente para ficarmos acríticos perante toda e qualquer realidade.