segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Love one another (Ame um ao outro).

O amor está em extinção, é a essa lamentável conclusão que chego. Está nos olhares necessitados por carinho, está nas pessoas que se guardam para si mesmas, e está nos tolos motivos que faz com que cada pessoa fique presa a seus próprios mundos solitários. Não sei o que houve, mas empurraram o amor para uma única direção, esquecendo que ele possui múltiplas faces. Só permitem que haja amor quando este tiver um motivo, esquecendo que a melhor forma de se amar é quando não há razões específicas. Por que não posso dizer que amo minha vizinha de 11 anos? Por que não posso amar alguém que eu acabei de conhecer? O amor não tem tempo. O amor não tem rótulo. O amor é migratório, indeterminado e im-parável (se me permitirem assim me expressar). Amamos a nós mesmos, mas isso não gera prazer algum, pois o amor se dá de um para outro, e não tem como mudar, já que precisamos um do outro. E isso leva a questão do quanto somos orgulhosos. Todos nós precisamos do amor, e todos se recusam a, digamos assim, dar o braço a torcer. No mundo dos rótulos, rotularam até o amor.


Música: Canto do mundo
Composição: Caetano Veloso
Voz: Lázaro Ramos

Pr'esse canto do mundo
De onde é que ele virá
Do meu sonho profundo
Ou do fundo do mar

Com que voz cantará
Com que luz brilhará
Há de vir seja como for
Pr'esse canto do mundo
De onde virá o amor?

Nessa vida vazia
Por que tarda meu bem?
Uma imensa alegria
Que se guarda pra quem?

Seja um anjo do céu
Seja um monstro do mar
Venha num disco voador
Mas que saiba que é meu
No segundo que olhar
Pelo encanto maior

Pr'esse canto do mundo
Quando virá o amor?

O meu amor...
O meu amor...